segunda-feira, 16 de maio de 2011


Você vai embora e eu fico sem cigarro,queria que amor fosse só esticar o braço. Meu corpo é flexível, meu coração nem tanto, precisa aprender a viver sem você em cima, em baixo, de tudo o que é jeito que a gente inventou de fazer. Achei que não fosse importante, achei que não me arrependeria, não pesei direito o que sentia, pensei ‘um dia acaba como qualquer poesia’.
Sei que a porta se fechava e abria, a luz se apagava, o quarto escurecia, a gente se amava, a gente se despedia, dizia que se via e nunca mais se via, mas onde tinha de doer não doía, porque durava o tempo que tinha de ser. Mas sinto que entre a gente ainda não perdeu a validade, o que explica toda essa minha necessidade, ainda temos alguns dias antes do prazo vencer, algumas noites por assim dizer, vamos viver tudo o que há pra viver’*, tudo o que nos der vontade; te espero a hora que quiser aparecer, fico acordada até mais tarde, sonhando que te prendo entre as minhas côxas até quem sabe te convencer que não pode viver sem meu corpo em cima, em baixo, de tudo o que é jeito que a gente inventou de fazer...

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