segunda-feira, 27 de outubro de 2008




Eu não Sou de Ninguém


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Eu não sou de ninguém!...


Quem me quiser


Há-de ser luz do Sol em
tardes quentes;


Nos olhos de água clara há-de trazer


As fúlgidas pupilas dos
videntes!


Há-de ser seiva no botão repleto,


Voz no murmúrio do pequeno
insecto,


Vento que enfurna as velas sobre os mastros!...


Há-de ser Outro e Outro
num momento!


Força viva, brutal, em movimento,


Astro arrastando catadupas de
astros!

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